segunda-feira, 5 de julho de 2010

Seleção Paranaense Sub 15

Scout da última partida, ontem domingo 3 de julho) em Joinville - Paraná x Rio de Janeiro, placar de 84 x 37 (PARCIAIS: 1ºQ:20x6, 2ºQ:28x7, 3ºQ:17x13, 4ºQ:19x11 / 1º TEMPO: 48x13, 2º TEMPO: 36x24).

TIME: Paraná

PONTOS: 37

JOGADOR

TEMPO

3 PONTOS

2 PONTOS

L. LIVRES

PONTOS

REB

BL

RE

AS

ER

FA

EFI

EN

CE

TT

%

CE

TT

%

CE

TT

%

CE

TT

%

DE

AT

4 Rodrigo

14:10

1

1

1

6

17

1

11

9

1

1

1

7

3

-10

6 Antônio (T)

9:19

1

1

2

50

1

4

25

1

3

-3

7 Felipe (T)

28:19

2

1

4

25

4

2

18

11

1

1

1

4

2

-8

8 Ronaldo

8:16

1

1

2

50

2

7

29

1

1

1

0

10 Thales (T)

27:49

1

1

5

1

1

2

10

4

-8

11 Marcos

18:23

2

5

40

2

4

50

6

14

43

3

2

1

5

1

2

12 Matheus

17:10

2

3

67

2

4

50

6

10

60

1

1

2

2

4

5

13 V. Centola

12:28

1

1

2

50

2

7

29

1

6

3

-5

14 Itamar (T)

32:04

1

3

33

2

8

10

80

11

23

48

1

3

3

3

3

4

12

15 V. Juliatto (T)

32:02

3

8

38

1

6

17

35

5

5

1

2

1

9

TOTAIS

1

9

11

10

29

34

14

31

45

37

116

32

14

13

9

8

43

23

-6

Técnico: Fabíola Santos

Banco: 17 PTS (46%)

“Eu estive lá e confesso que fiquei muito preocupado com o futuro do basquete em nosso Estado. Não somente pela forma como jogamos, mas também pelas características individuais dos jogadores que ali estavam nos representando.

Segue abaixo algumas observações que fiz e gostaria de dividir com todos para podermos discutir e tentar de alguma forma, melhorar nosso esporte.

Preciso começar falando sobre os 10 e não 12 jogadores que lá estão representando nosso Estado - gostaria, antes de começar, de uma explicação, mas condizente, clara, direta, objetiva, para a ausência de mais dois jogadores (afinal de contas que a regra do basquete permite) não estarem lá. Conversando com o chefe da delegação do Paraná nesta competição, Aroldo, ele me disse:

“ah, a CBB só pagou para 10 jogadores virem...”

Eu perguntei, “mas a Federação não poderia ter feito algo para mais dois jogadores virem?...”

Ele me respondeu, “ ...mas tinha o problema de alojamento, ai ficou complicado...”

Eu, claro, não iria aceitar essa desculpa e continuei questionando, “... mas nos ficamos no alojamento que as equipes estão e os quartos são para seis pessoas, logo, em dois quartos é possível colocar mais dois atletas fácil, e serio, eu pagaria para dois atletas do meu time virem, a Federação não têm condições de pagar pra duas pessoas, nem que fosse pra ficar em um hotel, mas deveriam ter feito alguma coisa..”, depois disso, ele ficou em silêncio. Faço agora, a mesma pergunta para o Presidente, Diretor Técnico e para todos que me ouvem, não teríamos condições de ter levado 12 atletas, e não 10 para esta competição?

Voltando para minha avaliação, não concordo com os 10 atletas escolhidos; precisávamos de mais um armador, forte, rápido, mais alto e experiente (Rodrigo é ao meu ver, muito fraco e limitado para este nível de competição);

Não temos um pivô que jogue de costas, pior, que consiga fazer alguma coisa dentro do garrafão, sendo essa a cesta, ou a tentativa da mesma, mais fácil e segura num jogo;

Laterais limitados, sem condições de drible para ajudar o armador (vi muito pouco o time jogar com dois armadores) e pior, nenhum lateral finalizador, sendo essa a principal função dos laterais no jogo (neste jogo, o jogador que mais tentou pontos, que mais foi à cesta, Itamar do Thalia – tentou 23 pontos para converter 11. O cestinha de nossa seleção , terminou o jogo com 11 pontos; arremessamos 10 bolas dos 3 pontos e acertamos, pasmem vocês, 1 bola; um dos meninos que ali esta, de Maringá, que a desculpa para ele estar ali, segundo os próprios meninos, seria o fato de ter um bom arremesso de 3 pontos, não conseguiu arremessar uma bola durante todo o tempo em que estive vendo o jogo; era uma luta desleal entre o nosso armador Thales e os jogadores do Rio que o tempo todo, com uma defesa muito pressionado, o tempo todo, fazendo linha do passe, com isso impossibilitando nossos laterais de receber a bola. Isso tudo, porque não tínhamos bloqueios eficientes dos pivôs, e ainda, porque, nossos pivôs, que deveriam estar dentro do garrafão ou nas suas proximidades, estavam na linha dos 3 pontos ou fora dela, sendo eles as únicas opções de passe para o armador e em alguns momentos, os responsáveis por fazer as escolhas do time;

Ainda sobre o ataque, gostaria de um esclarecimento, por parte da comissão técnica, de quais foram as movimentações utilizadas nesse jogo? Optamos por tirar os pivôs do garrafão, numa clara intenção de fazer os laterais receberem a bola o mais próximo a cesta, sempre com passes dos pivôs; se eu estiver errado, por favor me corrijam, mas foi isso o que eu pude concluir. Se foi essa a intenção, discordo piamente da escolha, pois os pivôs do rio e mesmo os laterais eram bem mais altos e fortes, não deixando nenhuma condição de linha de passes para os nossos pivôs fazerem a bola chegar nos laterais dentro do garrafão;

Vi, em alguns momentos, uma tentativa clara de se fazer movimentações ofensivas sem nenhuma eficácia, não me recordo de ter visto uma cesta de nossa seleção, dos 37 pontos que com muita dificuldade conseguimos converter, após alguma movimentação ofensiva, em que alguém saísse totalmente livre para a finalização;

Ai volto à escolha dos atletas, nenhum jogador, fora o Thales, com condições de resolver alguma coisa na individualidade, na técnica individual, seja ela, um arremesso, um bom corte, uma assistência (quando conseguíamos furar, quebrar o padrão defensivo do time adversário, nossos pivôs estavam estáticos e aproveitaram muito pouco as oportunidades criadas);

Agora, nos voltemos para a defesa... Muitos cortes no 1x1, e sendo eles, na sua maioria para o meio do garrafão, possibilitando varias opções de finalização para o time adversário;

Não entendi o envolvimento da nossa defesa com a movimentação do time adversário, pois ela é muito parecida, senão igual à utilizada pela equipe do circulo militar, equipe de nossa técnica; ficamos estáticos com bloqueios bem feitos, que deixavam os laterais totalmente livres para os arremessos ou para infiltrações sem que conseguíssemos fazer coberturas eficientes;

Possibilitamos 15 novas chances de ataque para a equipe adversária, e só conseguimos míseros 15 rebotes defensivos. Como jogar em velocidade, contra-ataque, se só conseguiu 15 rebotes defensivos?

Para terminar, preciso registrar a desorganização ou pelo menos, falta de comunicação entre os dirigentes do basquete em nosso Estado. Não consegui ficar até o final do jogo, confesso que estava passando vergonha (algumas vezes, digo para os meus atletas... “perdemos, mas eu não passei vergonha, jogamos muito bem...”) pela forma como a seleção paranaense estava jogando, representando o basquete do Paraná, nosso basquete. Quando voltei, estavam lá, Amarildo, presidente da Federação, Rogério, diretor Técnico e suas respectivas esposas e filhos; fiz-me a seguinte pergunta: “nossa, o Amarildo veio pra ver o jogo de São Paulo e Rio Grande do Sul?...” depois, ao conversar com o Amarildo e lhe perguntar do por que do atraso ele me disse que havia sido informado, pelo Aroldo, Chefe da Delegação, de que o jogo seria as 14h00 (eu, entrei no site da CBB no sábado e lá estava muito claro e legível, na tabela de jogos, Rio de Janeiro x Paraná, as 12h00)”

Fica ai o meu registro, minha opinião e espero que possamos discutir pensar e rever, quem sabe... Tudo isso com um único objetivo, melhorar o basquete do Paraná.

Beto – Técnico da equipe Tittãs/FHS/Basketball

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