segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Oscar, Divac e Sabonis entram no Hall da Fama e recebem placa


Oscar Schmidt, o maior anotador de pontos da história do basquete, foi homenageado pela Fiba neste domingo. Ao lado dos ex-pivôs Vlade Divac (Sérvia) e Arvydas Sabonis (Lituânia) e outros 13 ex-jogadores, ex-técnicos e ex-árbitros, o brasileiro foi chamado à quadra da Sinan Erdem Arena, em Istambul, no intervalo da decisão do Mundial, disputada entre EUA e Turquia.

TÍTULOS E FEITOS DE OSCAR

Reuters

Maior cestinha da história das Olimpíadas (na foto, em Atlanta-96)
Reuters

Com a seleção, bateu os EUA em Indianápolis no Pan-Americano de 1987
Campeão do Mundial interclubes de 79 (Sírio)
Campeão da Copa da Itália de 1988
Maior cestinha da história do basquete, com 49.737 pontos marcados na carreira
Maior cestinha da história dos Mundiais
Medalha de bronze com a seleção no Mundial-78
Jogador com mais participações em Jogos Olímpicos (5) e Mundiais (4)
Maior número de pontos em um só jogo de Olimpíada (55, contra Espanha em Seul-88) e Mundial (52, contra a Austrália em 1990)
Sob os olhares das mais de 15 mil pessoas que lotam o ginásio, o brasileiro teve alguns dos feitos de sua carreira anunciados no telão e recebeu uma placa comemorativa. Então, Oscar, juntou-se aos demais homenageados, dando tapinhas na mão de cada um deles e trocando palavras com Sabonis, que estava a seu lado.
Mais cedo, em cerimônia fechada à imprensa, Oscar foi formalmente introduzido no Hall da Fama, tornando-se o segundo brasileiro a obter a honra –o primeiro foi Amaury Pasos. De acordo com o site oficial da Fiba, entusiasmado, o discurso do brasileiro provocou risos nos presentes.
“A seleção brasileira foi o amor da minha carreira. Quero agradecer todos os colegas de time e minha mulher de 35 anos. Ela está comigo a todo este tempo, me carregando nas costas”, disse o brasileiro, que levou Cristina, a mulher, a todos os eventos
Em conversa com jornalistas brasileiros e estrangeiros, Oscar se disse emocionado. “Hoje estou me sentindo importante”, disse. “Foi uma cerimônia linda. Palco bonito, com escadas iluminadas. Fui um dos últimos a serem chamados, mas porque era ordem alfabética. Não de importância”, contou, enfático, para depois lamentar a ausência de emissoras de TV brasileira à entrevista. “A única TV que tem aqui não pode me filmar porque eu sou da outra”, disse referindo-se à disputa entre Globo e Record, com quem tem contrato.
Na conversa, Oscar mostrou dois traços marcantes de sua trajetória –o individualismo e o amor pela mulher, Cristina. Ele foi o único a levar a mulher a todos os eventos –até à conversa com os jornalistas. Em alguns minutos em que não a viu por perto, perguntou seguidas vezes a assessores da Fiba sobre sua localização. “Cadê minha mulher? Não quero ela com o Divac ou com o Meneghin”, afirmou, referindo-se ao sérvio e ao italiano Dino Meneghin, também indicado ao Hall da Fama.

DIVAC, SOBRE OSCAR

Todos jogaram contra Oscar. Ele jogou durante uns 50 anos
Vlade Divac, pivô sérvio, que também foi incluído no Hall da Fama

EX-JOGADOR DE BASQUETE

Agora gosto de jogar futebol. Tenho um time. E eu chuto todas. Bato todas as faltas. Se não passarem a bola para mim, não jogam no meu time
Vlade Divac, pivô sérvio, que também foi incluído no Hall da Fama
Um jornalista perguntou se o pequeno número de títulos o incomodava, ele disse. “Se for falar de resultado, sim. Mas no basquete, pensar em resultado é cruel. Você joga em equipe, para o bem e para o mal. Às vezes você quer algumas coisas que não consegue”, disse, em crítica indireta aos companheiros de equipe que fez questão de enaltecer em seu discurso. “Pode até faltar alguns feitos na minha trajetória, mas realizei muito mais do que imaginei”.
Questionado sobre as maiores emoções de sua carreira, Oscar cravou a vitória do Mundial com o Sírio e o título do Pan com a seleção –“naquela época, Pan-Americano valia, hoje não vale mais”. Sobre as tristezas, a ausência de uma medalha olímpica. “Tínhamos time para sermos campeões na Olimpíada de 1988 e não conseguimos nem ganhar medalha porque subestimamos a Espanha”, lembrou.
Oscar disse que não joga mais basquete. “Gastei todo o meu gás. Só voltei para a quadra quatro vezes, para dois jogos em minha homenagem, e mais duas exibições".


Fonte: uol basquete

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