segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Get Rich or Die Tryin"

Retirado de Mais Pra Esquerda!

Já dizia o título do filme "Ficar rico ou morrer tentando". Seguindo essa linha de extrema determinação e foco nos objetivos, gostaria de destacar um projeto esportivo em Curitiba. O Tittãs Basketball, equipe liderada pelo técnico Roberto Souza, o Beto, é um exemplo vivo de como é essencial determinação e foco para alcançar resultados.

Vai aí, já de começo, uma importante dica: sejá lá qual for seu objetivo pessoal ou profissional "é essencial determinação e foco para alcançar resultados".

Vamos lá, conheço o time do Tittãs já há alguns anos, me lembro de uma oportunidade que tive de participar de um treino, na PUC-PR. Épocas de campeonatos locais de basquete de categorias de base, sub 15, sub 17, Liga Escolar, Copa da Prefeitura, Jogos da Primavera e por aí vai. Para muitos atletas, há o grande sonho de se tornar um jogador profissional, certas vezes é muita utopia o sonho da NBA (é utópico mesmo?), para outros é somente pelo prazer de jogar basquetebol. Alimentando estes sonhos, aparece o Beto, treinador das equipes do Tittãs, que possui um papel muito maior neste processo. Ele mesmo administra toda a equipe, desenvolve materiais gráficos para o site e banners, corre atrás de patrocinadores, cria projetos de inclusão social, camps e tudo mais o que imaginarmos ligado com marketing esportivo, relações públicas, etc.

Com muito esforço e dedicação, o projeto Tittãs Basketball segue crescendo e já tem registrado um trabalho com mais de 1000 atletas desde o início de suas atividades! Com um foco muito mais social do que capitalista, trata da inclusão de jovens de camadas mais baixas da população no esporte.

A nível social, está tudo ok, o projeto vai de vento em popa. Mas o projeto é mais ambicioso. Levar uma equipe adulta para campeonatos de maior repercussão, por que não a NBB? Encontrar empresas dispostas a patrocinar e apoiar o time é o grande problema, afinal estamos no país do futebol! Até que ponto isto é saudável para nós brasileiros? Ganha um doce quem responder.

Quase não há incentivos para esportes que não sejam o futebol. Em praças, o que não pode faltar é uma quadra de futebol de areia ou futsal. Tomamos como exemplo Curitiba, uma cidade rica em áreas de lazer e parques, é verdade que temos uma razoável quantidade de quadras de basquete, volei, pistas de skate, etc. Mas de que adianta isso se o nosso povo é, desculpe a expressão, "adestrado" para o futebol? Que fique claro que não sou contra o futebol, muito pelo contrário, apenas sou a favor da diversificação de esportes.

Faltam incentivos para clubes de basquete se instalarem e se desenvolverem profissionalmente aqui. Eu falo de um time a nível nacional, torcida lotando ginásio, bilheterias esgotadas, um espetáculo na quadra! Ginásio? Ah, lembra daquele que era do Rexona Voleibol, no Tarumã? Pois é, infelizmente eu tive o desgosto de passar por lá há algum tempo atrás e vê-lo abandonado e depredado. Só para constar, o Rexona foi para o Rio.

É claro que tudo gira em torno de um mercado potencial (dinheiro), incentivos e patrocínios ao esporte em geral, desconsidere para o futebol, são praticamente nulos. São vários os fatores: pouca visibilidade da mídia, pouco interesse governamental e, em consequência destes, não há interesse dos patrocinadores.

Em meio a este emaranhado de interesses e desinteresses, sobrevivem projetos como o Tittãs e o Lil Ballers, equipe destreetball que disputa campeonatos vinculados ao basquete de rua de Curitiba, diga-se de passagem que é um projeto bem estruturado e também vai conquistando seu espaço.

Vários momentos tenho insights e me pergunto como pode, neste mundo com mercados saturados, não abrirmos os olhos para oportunidades de novos nichos que clamam para serem atendidos! Olhos atentos a oportunidades de entrar e se posicionar no mercado, talvez este seja um dos melhores conselhos para uma empresa neste mundo globalizado, afinal, realmente só os fortes sobrevivem.

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